Quando ninguém está olhando eu sou eu com todos os defeitos e imperfeições, não querendo agradar a ninguém, não fazendo meu papel na sociedade, nem respeitando a gramática, nem falando bonito. Quando estou sozinho falo feio mesmo. Pra mim.
Quando eu to sozinho nem ouço tantas músicas, nem busco informações pela internet, nem leio meus livros. Eu só passo aquele momento. Nem existo. Só espero ele passar, enquanto analiso os rumos que minha vida têm tomado. Vêm um flashback cheio de possibilidades, mutável no futuro e sem sentido no presente.
Passam pessoas que amo, admiro e invejo. Passam palavras que tenho medo e nunca falo.
Penso besteiras que já se tornaram realidade até então. Quando ninguém está olhando eu não sou aplaudido, já não tenho mais glória. Sou apenas eu, deitado pensando sobre a vida. Delirando no silêncio e imaginando se tem alguém por perto... Só pra estar por ali, só pra sentir uma presença...
Mas isso tudo é indiferente! É cabuloso aqui nesse mundinho, é miserável pra nós humanos. Bobagens da mente imatura que tem prazer em errar. Tem medo de acertar, com medo de ninguém olhar.
Eu não tenho mais esse medo, pois tenho a certeza... De que sempre estarão me olhando!
Gostei, a gente normalmente se torna algo porque nos olham. A gente pende sempre pra um lado. Contrário ao nosso. Muito parecido daquilo que a gente, por essência, não é.
ResponderExcluirAdorei o texto, Bruno.
Obrigado por participar da nossa corrente.