sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Lixo e Progresso!

Boa noite!

É incrível como as pessoas têm o dom de confessar as coisas sem nem falar. 
Acho que é parte do instinto humano, a gente acaba confessando sem querer, pra ficarmos bem. Todos nós queremos viver bem e é o jeito que achamos de tirar aquela culpa la no fundo do sapato... Aquela mentira azeda que a gente lembra antes de dormir...
É possível parar de magoar diariamente os que estão ao seu redor e não só os que te dão bom dia, mas aqueles com quem você nem nota. Uma coisa que eu aprendi é que tudo o que fazemos tem conserto! Às vezes não era pra consertar do jeito que imaginávamos... Às vezes cansamos de persistir no erro e de consertar os cacos de vidro. Somos fracos em consertar coisas, porque somos egocêntricos e orgulhosos.
Sempre tem aquele 1 Minuto e Meio de egoísmo no dia a dia e sabemos disso... Poderíamos esperar um pouco mais, mas avançamos no "pare", poderíamos segurar a porta para o próximo mas a vergonha é aliada da pressa... Poderíamos desfazer pessoas desamparadas e iludidas consigo mesmo acordarem e olharem pro coração, mas seria incômodo, porque o que é certo é certo. Pronto e acabou. Se está difícil, a vida é assim! Se está chorando, calma que vai passar! Se quer se matar... Meu amigo vá se tratar!




Lixo e Progresso!

Eu sei que não sou o melhor, de longe o melhor,
Eu sei que pareço um caco de vidro no chão,
Mas somente eu consigo parar e contar, 
Enumerar, quantos plásticos estão no vão,
Dezessete, lixos, plásticos ali estão,
Que medo de quem jogou,
Deve ser cruel e mal,
Não deve se cuidar, 
Para atirar lixos ao chão, plásticos em vão, ali estão.
Não deve se amar,
Só tenho dois filhos, porém,
Ensinei desde cedo a não serem porcos
E não jogar lixos no chão, plásticos em vão, como aqueles estão,
São frutos da poluição, do desenvolvimento, sem controle,
Polímeros carentes, fracos, mas de longe sou o melhor,
Só ensinei a não jogar lixos no chão, porque poluem,
A não serem falsos, pois seriam feitos de plástico como aqueles,
E a não estarem ali, pois ali não está ninguém.
Ali apenas se mantém e em outro verso explico,
Só pro seu bem...
E ninguém os conta, os avalia, os vive,
Os dezessete sacos plásticos gritando na brisa quente:
Somos lixo e progresso desse mundo doente!

Bruno Thomazelli

Até,;x

Um comentário:

  1. Acho que a gente confessa pelo conforto mesmo. Dá medo manter-se em segredo, ter que dissimular e manter as aparências. Mesmo que machuque, a verdade da situação é a melhor escolha pra gente. Ser transparente sem ter medo, mesmo que as consequências não sejam as esperadas.

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